quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Pescaria testa anzol circular e captura nova espécie de peixe

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Durante o carnaval tive o prazer de conhecer o progeto TAMAR, me deparei com uma grande surpresa logo na entrada a descoberta de uma nova espécie de peixe, não poderia deixar de ir atrás de uma boa matéria para colocar aqui no blog, então aqui está.
Um exemplar de espécie desconhecida, com quase dois metros, foi capturado durante pescaria para testes com anzol circular (como o uso do circular diminue a captura incidental de tartarugas marinhas, o Tamar propõe que ele substitua o tradicional anzol J (jota), adotado pela maioria dos pescadores). Foi no mês passado, quando a equipe comandada pelo oceanógrafo Guy Marcovaldi, coordenador nacional do Tamar, navegava ao largo da Praia do Forte, na Bahia. Segundo o professor Dr. Claudio Sampaio, da Universidade Federal da Bahia, especialista em peixes, e os ictiólogos Alfredo Carvalho Filho, pesquisador da Fish-Bizz Ltda, e Matheus Rotundo, da Universidade Santa Cecília, trata-se de um peixe chamado cabeça de geléia, de uma superordem exclusiva da sua família (Ateleopodidae), com quatro gêneros (Ateleopus, Parateleopus, Guntherus e Ijimaia) e 12 espécies conhecidas no Caribe, Atlântico e Pacifico. Esta é a décima terceira espécie nova descrita pelo programa de divulgação do uso de anzóis circulares. Patrocinado pela Petrobras, o Tamar contabiliza a descoberta, nos últimos três anos, de dez espécies de peixes raras ou desconhecidas do Atlântico Sul. Os resultados serão apresentados em trabalhos científicos com publicação prevista para breve.
Abaixo segue o vídeo registrado na hora da captura do peixe:


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Defensores de Baleias

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O barco de um grupo da Sea Shepherd Conservation Society teve a proa arrancada nesta quarta-feira, depois de ser atingido por um navio baleeiro japonês nas águas geladas da Antártica, segundo o grupo. Os seis tripulantes do barco foram levados em segurança para um dos navios da organização, o recém-inaugurado Bob Barker. O confronto foi o mais sério dos últimos anos, durante os quais a Sea Shepherd enviou seus navios para águas meridionais com o objetivo de intimidar a frota japonesa e deter a caça anual de baleias. Confrontos com bombas fétidas lançadas a mão, cordas para enroscar as hélices e equipamentos de som de alta tecnologia tornaram-se comuns nos últimos anos, e choques entre os barcos ocorreram algumas vezes. A Sea Sheperd afirmou que o Ady Gil – uma lancha de alta tecnologia que lembra um jato stealth – foi atingida pelo navio japonês Shonan Maru perto da Baía de Commonwealth Bay, e teve cerca de três metros de sua proa arrancados. Locky Maclean, primeiro-oficial do principal navio da Sea Sheperd, disse que um dos tripulantes, um neozelandês, teria fraturado duas costelas, mas os demais escaparam ilesos. O capitão do Ady Gil perameneceu a bordo para ver o que poderia ser recuperado "Segundo nosso prognóstico original, ele afundaria. Mas agora, mesmo cheio de água, parece que ainda mantém alguma flutuabilidade", afirmou Maclean. O grupo acusou o navio japonês de atingir deliberadamente o Ady Gil. "Eles estavam parados na água quando o choque ocorreu", afirmou Maclean. "Quando perceberam que o Shonan Maru estava vindo em sua direção, eles tentaram desviar para tirar a proa do caminho, mas era tarde demais. O Shonan Maru corrigiu seu curso e se chocou diretamente contra a parte frontal do barco”. Glenn Inwood, porta-voz do Instituto de Pesquisa de Cetáceos, organismo ligado ao governo japonês responsável pela caça às baleias, negou as acusações da Sea Shepherd. Ele afirmou que um vídeo feito pelo navio baleeiro mostra a lancha conservacionista se movendo na direção do baleeiro pouco antes da colisão. "O Shonan Maru desviou para bombordo para evitar a colisão. Acho que o Ady Gil calculou mal”, afirmou Inwood. "A Sea Shepherd alega que o Shonan Maru atingiu o Ady Gil e o cortou ao meio – mas esta alegação não se sustenta pelo vídeo". O Instituto de Pesquisa de Cetáceos afirmou que o Ady Gil estava “dentro da distância de colisão” da proa do Nisshin Maru e atirou uma corda na água diversas vezes, que poderia ter se enroscado no leme e nas hélices do navio. "As atividades obstrucionistas da Sea Shepherd ameaçam as vidas e as propriedades dos envolvidos em nossas pesquisas, são muito perigosas e não podem ser ignoradas”, afirmou o Instituto. A Agência de Pesca Japonesa disse que ainda está verificando os detalhes sobre o incidente. O porta-voz Toshinori Uoya disse que não houve feridos entre os japoneses. A frota baleeira japonesa partiu em novembro para sua temporada de caça anual em águas antárticas. Uoya afirmou que os detalhes da composição da frota, o número de baleias que pretende abater e o número de tripulantes não foram divulgados por razões de segurança. O Animal Planet exibe uma série sobre os conflitos, chamada "Whales Wars – Defensores de Baleias”. Sobre o incidente, a presidente do canal e gerente-geral, Marjorie Kaplan, afirmou: "Esperamos que todos os envolvidos – nos dois lados desta ‘guerra’ – saiam ilesos deste conflito. Isso indica que a conservação é tão importante que estes indivíduos estão dispostos a arriscar suas vidas pelo que acreditam". A Sea Shepherd envia navios para as águas antárticas a cada verão meridional na tentativa de deter a matança executada pela frota japonesa de baleeiros para um programa de caça científica às baleias. Mas conservacionistas e muitos países afirmam que o programa é um disfarce para a pesca comercial. Os dois lados costumam trocar acusações de atividade perigosa durante estes embates, que se tornaram um verdadeiro jogo de gato-e-rato em uma das regiões mais remotas do mundo. A Austrália e a Nova Zelândia – ambas com territórios antárticos e as nações mais próximas das águas onde a pesca baleeira ocorre – recomendaram que os dois lados ajam com moderação, ressaltando que estão muito longe para um eventual resgate se algo sair errado. "Reprovamos qualquer atividade perigosa ou violenta nestas águas remotas e inóspitas”, afirmou o Ministro do Meio Ambiente da Austrália, Peter Garrett. Ele confirmou a colisão, mas disse que os detalhes ainda não estão claros. O confronto com os baleeiros foi o primeiro do navio Bob Barker, de 1.200 toneladas, que resgatou a tripulação. A Sea Shepherd comprou o navio recentemente, e seu nome homenageia o ex-apresentador do game show "The Price Is Right" e ativista dos direitos dos animais, que doou o dinheiro para sua aquisição. Barker conheceu o fundador da Sea Shepherd, Paul Watson, por meio de um colega ativista, e ficou imediatamente impressionado. "Ele disse que conseguiria tirar a frota baleeira japonesa do mercado se tivesse cinco milhões", recorda Barker. “Eu disse, 'acho que você tem capacidade de fazer isso, e eu tenho os cinco milhões, então vamos em frente', e foi o que fizemos". Barker, 86, disse que se sente “verdadeiramente orgulhoso” por se associar à Sea Shepherd. A Ady Gil é um trimarã de 78 pés, feito de fibra de carbono e Kevlar, com um design apropriado para atravessar as ondas. Foi construído para superar o recorde de mais rápida circunavegação do globo e pode viajar a mais de 75 quilômetros por hora. A Sea Shepherd lançou o Ady Gil em outubro de 2008, afirmando que um milionário californiano de mesmo nome doou grande parte do dinheiro para sua aquisição. Na época, o grupo disse que o barco seria usado para interceptar e bloquear fisicamente os navios de arpoamento japonês.


Notícia retirada da Discorevy Channel Brasil
http://www.discoverybrasil.com/web/defensores



terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Profissional no foco

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Carlos Alexandre Gomes de Alencar, 38 anos, é engenheiro de pesca e trabalha na Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), órgão vinculado ao Governo federal. Responsável pelas áreas de administração pesqueira, ele atua diretamente em programas especiais para atender os 600 mil pescadores do país. Em entrevista ao G1, ele dá dicas sobre a profissão e conta um pouco de como foi a sua formação.

G1 - Por que o senhor escolheu ser engenheiro de pesca?
Carlos Alexandre Gomes de Alencar
-
Escolhi ser engenheiro de pesca porque eu sempre tive vontade de trabalhar com recursos marinhos e pesqueiros. Na época que eu prestei vestibular, havia dois cursos nessa área: o de Engenharia de pesca no Nordeste e o de oceanografia na Região Sul. Fui pesquisar dados das duas carreiras e optei pelo curso de engenharia de pesca porque ele era mais focado nos recursos pesqueiros, que era a área que eu tinha mais afinidade e interesse.

G1 - Onde o senhor estudou? O curso era como o senhor pensava/esperava?
Alencar -
Me formei na Universidade Federal do Ceará em 1993. O curso de engenharia de pesca era muito melhor do que eu imaginava. Ele é focado em três grandes áreas: tecnologia pesqueira, aqüicultura (criação de peixes) e processamento de pescados (parte da qualidade da produção e subprodutos). Além disso, o curso abordava a administração pesqueira (área em que eu atuo hoje) e recursos do mar em geral, trabalhando com questões ligadas ao meio ambiente e não somente aos pescados. Por todos esses aspectos, o curso me surpreendeu muito.

G1 - Qual foi o seu primeiro emprego na área de engenharia de pesca?
Alencar
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Assim que eu terminei a faculdade eu me matriculei na pós-graduação. Em 1994 fui para Belém (PA) trabalhar em um centro de pesquisa do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis], no projeto Revizee -que eu considero 'o grande projeto da década de 90'. O Revizee significa Recursos Vivos da Zona Econômica Exclusiva e ele deu o suporte necessário para que todos os estudantes de engenharia de pesca e oceanografia trabalhassem na área de recursos pesqueiros na prática. Ele é tão importante que havia mais de mil bolsas de pesquisa e boa parte dos profissionais de pesca que trabalham na área passaram pelo Revizee de alguma forma. Em 1995 passei a coordenar o programa, em 1997 voltei para o Ceará e continuei no programa até 1999. A partir de 1999 fui convidado para trabalhar na coordenação geral do programa em Brasília. Em 2005 passei no concurso do Ibama e hoje exerço uma função na área de administração pesqueira na Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), órgão do governo Federal.


G1 - Qual era o objetivo do programa Revizee?
Alencar
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O objetivo do programa era mapear e fazer um retrato de toda a Zona Econômica Exclusiva do Brasil (ZEE). Um terço do continente brasileiro está no mar e toda a área de pesca, de transporte marítimo, da marinha, ou a área onde a Petrobras atua estão inseridas na Zona Econômica Exclusiva. O programa Revizee traçou um diagnóstico dos recursos pesqueiros que existem nessas áreas. O projeto inteiro demorou uns 12 anos para ser concluído porque também foi feito um diagnóstico considerando a abordagem ambiental para saber quais recursos existiam ali e por que eles existem ali.

G1 – Como o senhor descreveria a sua atividade dentro da Seap?
Alencar –
Exerço uma das funções do engenheiro de pesca, que é atuar na área da administração pesqueira. Como atuo na administração pública, tenho que relacionar os programas do governo à ação executiva da pesca. O país possui 600 mil pescadores cadastrados, que demandam diversas ações do governo, por exemplo: necessidade de acessarem linhas de crédito específicas para o setor pesqueiro. Hoje temos linhas de crédito para produtores de lagosta, para que eles possam se modernizar e para que eles exerçam a pesca da melhor forma possível. Outro papel da Seap é trabalhar em projetos de habitação dos pescadores, que normalmente vivem em condições mínimas de moradia. O meu papel é tentar sistematizar as demandas dos pescadores coletivamente, pois a Seap não trabalha com demandas pontuais.

G1 – Qual a maior dificuldade da profissão?
Alencar
Na minha opinião, a maior dificuldade da profissão ainda é o mercado de trabalho, que é bastante competitivo e pouco reconhecido. Apesar de termos uma grande área de atuação, ainda falta reconhecimento deste profissional no mercado. O crescimento da aqüicultura, por exemplo, vem acompanhado da necessidade de profissionalizar os pescadores, mas muitos empresários são aventureiros e não reconhecem a necessidade de contratar um profissional habilitado para fazer o acompanhamento. Com isso, o mercado fica muito restrito e os profissionais sofrem com a baixa remuneração.

G1 – E quais são os benefícios da carreira?
Alencar
O que me sensibiliza e me orgulha muito é que o engenheiro de pesca trabalha na produção de alimentos de qualidade no país. Estamos muito focados na sustentabilidade ambiental – mantendo a qualidade ambiental e gerando alimentos para o país.

G1 – E quais as dicas para o vestibulando que pretende ser engenheiro de pesca?
Alencar – A primeira dica é estudar muito, pois o curso não é fácil. A formação é bastante pesada e mescla todas as disciplinas de engenharia e de biologia. É preciso ter convicção e paixão por isso, pois se o estudante não se dedicar ele não vai conseguir se formar. É ‘puxado’, mas é apaixonante. O próprio ato de pescar, por exemplo, exige muito estudo.




Essa entrevista foi retirada do portal G1 de notícias da Globo.Com

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Resumindo esse sonho ...

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A engenharia de Pesca é um ramo da engenharia e da biologia que desempenha atividades referentes ao aproveitamento dos recursos naturais aquáticos, através da aqüicultura, da pesca e do beneficiamento do pescado, bem como da preservação dos estoques pesqueiros e da fauna aquática. Aplica conhecimentos básicos da biologia e das ciências exatas (física, matemática e química) para desenvolver técnicas que permitam melhorar os resultados das atividades pesqueiras. Utiliza ferramentas como: a computação, a física, a química, a matemática e um conjunto de técnicas para o desenvolvimento de suas atividades, entre as quais, modelos matemáticos.

Suas atividades básicas são: o planejamento e o gerenciamento das atividades pesqueiras voltadas para a industrialização e para a comercialização do pescado. Como especialista em aqüicultura, esse profissional também projeta fazendas marinhas, desenvolvendo técnicas de criação e reprodução em cativeiros de peixes, crustáceos e moluscos.
Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), há 15 cursos de engenharia de pesca distribuídos no país, 11 deles oferecidos por universidades federais, três em universidade estaduais e um em instituição particular. O aumento no número de cursos aconteceu em decorrência da demanda de profissionais especializados no país, avaliam os professores. Todo profissional na área da Engenharia em um teto salarial fixo que varia de acordo com suas horas de trabalho semanal, segundo os profissionais ouvidos pelo G1, esse valor quase nunca é cumprido. “Um recém-formado deve receber, em média, entre R$ 1.500 e R$ 2.000”, disse.

Apesar de ainda ser pouco conhecido, o engenheiro de pesca tem conquistado espaço no setor público e a expectativa é que o números de vagas aumente. Uma notícia animadora foi que em Julho de 2008, foi criado pelo presidente Lula o Ministério da Pesca, assim aumentando o número de empregos e dando mais recursos a esse profissional.O Ministro da Pesca e Aqüicultura, Altemir Gregolin, antecipou que R$ 1,750 bilhões será liberado pelo Governo até 2011.

Diz o Eng. de Pesca Alexandre Gomes de Alencar, é preciso ter convicção e paixão por isso, pois se o estudante não se dedicar ele não vai conseguir se formar. É ‘puxado’, mas é apaixonante.

Fonte : G1/Guia de Carreira, Wikipédia, Concursos Públicos Online e Guia do Estudante.

 
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